quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ásia (Wikipédia)

Ásia

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Ásia


Mapa da Ásia
Vizinhos Europa, África, Oceania e América do Norte
Divisões administrativas  
 - Número de países 49
 - Número de territórios 7
Área  
 - Total 43 810 582 km²
 - Maior país  Rússia
 - Menor país Maldivas
Extremos de elevação  
 - Ponto mais alto Monte Everest (8 844,43 m), China/Nepal
 - Ponto mais baixo Mar Morto (-396 m)
Maior lago Mar Cáspio (371 000 km²)
Pontos extremos  
 - Ponto mais setentrional
 - Ponto mais meridional
 - Ponto mais oriental
 - Ponto mais ocidental Polevskoj, Rússia
Maior ilha Bornéu (743 294 km²)
Maior vulcão
População  
 - Total 4 050 404 000 habitantes
 - Densidade 89,07 hab./km²
 - País mais populoso  China (1 321 851 888 hab.)
 - País menos populoso Maldivas (359 106 hab.)
 - País mais povoado  Singapura (6 389 hab./km²)
 - País menos povoado Mongólia (2 hab./km²)
Línguas mais faladas chinês, russo, árabe e inglês
Economia  
 - País mais rico República Popular da China China (PIB 10.084 trilhões[1])
 - País mais pobre Myanmar (PIB 71,772 bilhões[2])
A Ásia é o maior continente da Terra, com 8,6% da superfície planetária (ou 29,5% das terras emersas). Parte oriental da Eurásia, a Ásia é também o continente mais populoso, com mais de 60% da população mundial.
Localizada principalmente nos hemisférios oriental e setentrional, a Ásia costuma ser definida como a porção da Eurafrásia (o conjunto África-Ásia-Europa) que se encontra a leste do mar Vermelho, canal de Suez e montes Urais, e ao sul do Cáucaso e dos mares Cáspio e Negro. É banhada a leste pelo oceano Pacífico (mar da China Meridional, mar da China Oriental, mar Amarelo, mar do Japão, mar de Okhotsk e mar de Bering), ao sul pelo oceano Índico (golfo de Áden, mar Arábico e golfo de Bengala) e ao norte pelo oceano Ártico.
O gentílico de "Ásia" é asiático (ou asiano, asiânico, ásio).[3]

Índice

[editar] Países e territórios

[editar] Países independentes

Mapa político da Ásia. Esta interpretação dos limites da Ásia inclui a Armênia e a Geórgia.
            

[editar] Países não-reconhecidos, parcialmente reconhecidos ou em disputa

[editar] Dependências

[editar] Entidades especiais reconhecidas por tratado ou acordo internacional

[editar] Outros territórios

Subregiões da Ásia em regiões, conforme critério das Nações Unidas:
██ territórios situados geograficamente, total ou parcialmente, na Europa Oriental.
██ territórios situados geograficamente, total ou parcialmente no Leste Europeu, na Europa Meridional, ou no Norte da África
██ territórios situados geograficamente, total ou parcialmente na Melanésia (Oceania)
Existem ainda alguns territórios sem estatudo de dependência, pertencentes a outros países localizados noutros continentes, mas que no entanto se situam na Ásia.

[editar] Grandes regiões da Ásia

As diferenças e semelhanças entre os países asiáticos fazem com que a regionalização do continente possa ser feita em cinco grandes conjuntos:
Outra divisão possível, em grandes áreas geográfico-culturais, é a seguinte:

[editar] História

Mapa da Ásia em 1890.
A história da Ásia pode ser entendida como a história coletiva de várias regiões litorâneas distintas - o leste asiático, a Ásia meridional e o Oriente Médio - ligadas pela estepe eurasiática no interior do continente. Cidades, depois Estados e impérios surgiram naquelas áreas.
A periferia costeira foi o berço de algumas das civilizações mais antigas do mundo. Cada uma daquelas regiões desenvolveu uma civilização ao longo de vales férteis de rios. As civilizações da Mesopotâmia, do vale do Indo e da China tinham muito em comum e provavelmente intercambiaram tecnologia e ideias, como a matemática e a roda. Outros avanços, como a escrita, desenvolveram-se independentemente em cada região.
A estepe era habitada por nômades a cavalo que, a partir das estepes centrais, alcançavam qualquer parte do continente asiático. A primeira expansão conhecida das estepes para a costa foi a dos indo-europeus, que levaram sua família lingüística ao Oriente Médio, à Índia e às fronteiras da China. A parte norte do continente, correspondente à Sibéria, permaneceu inacessível aos nômades, devido a suas densas florestas e à tundra, e manteve-se pouco habitada.
A estepe central e a periferia são separadas por cordilheiras e desertos. O Cáucaso, os Himalaias, o deserto de Karakum e o deserto de Gobi representavam barreiras que os cavaleiros das estepes ultrapassavam com dificuldade. Embora os habitantes das cidades fossem mais avançados tecnológica e culturalmente, havia pouco que pudessem fazer para defender-se militarmente das hordas a cavalo provenientes das estepes. Entretanto, os nômades que conquistaram Estados na China, Índia e Oriente Médio terminaram por adaptar-se e integrar-se às sociedades locais, culturalmente mais fortes.
Muitas grandes civilizações e culturas existiram no continente asiático. O Judaísmo e o Cristianismo foram fundados na Palestina. A cultura da antiga Israel foi estabelecida no segundo milênio a.C.. Alexandre, o Grande, conquistou o território que vai da atual Turquia ao subcontinente indiano no século IV a.C. O Império Romano posteriormente controlaria partes da Ásia ocidental. Sucederam-se na Pérsia as dinastias aquemênida, selêucida, parta e sassânida. Muitas civilizações antigas foram influenciadas pela Rota da Seda, que ligava a China, a Índia, o Oriente Médio e a Europa. O Hinduísmo e o Budismo, que tiveram início na Índia, também foram uma influência importante no sul e no leste da Ásia.
O Califado islâmico e outros Estados muçulmanos tomaram o Oriente Médio a partir do século VII e posteriormente se expandiram para o subcontinente indiano e para a Insulíndia. As Cruzadas, tentativas da Europa cristã de retomar dos muçulmanos a Terra Santa, sucederam-se a partir do século XII. O Império Mongol conquistou boa parte da Ásia no século XIII, estendendo-se da China à Europa. O Império Russo começou a expandir-se em direção à Ásia no século XVII, até controlar a Sibéria e a maior parte da Ásia Central em fins do século XIX. O Império Otomano controlou a Turquia e o Oriente Médio a partir do século XVI. No século XVII, os manchus conquistaram a China e estabeleceram a dinastia Qing, que declinou no século XIX e foi derrubada em 1912.
Diversas potências europeias apossaram-se de partes da Ásia, como a Índia britânica, a Indochina francesa e Macau e Goa, que já estiveram sob controle português. No século XIX, decorreu o chamado "Grande Jogo" entre o Império Russo e o Império Britânico, uma disputa pelo controle da Ásia Central. No século XX, o Japão expandiu-se para a China, a Coréia e o sudeste asiático durante a Segunda Guerra Mundial. Após o conflito, muitos países do continente tornaram-se independentes das potências européias. Durante a Guerra Fria, a porção norte da Ásia era comunista, controlada pela União Soviética e pela República Popular da China, enquanto que os aliados ocidentais formaram pactos como CENTO e SEATO. Representantes dos blocos capitalista e comunista enfrentaram-se em confrontos como a Guerra da Coréia, a Guerra do Vietnã e a invasão soviética do Afeganistão. O conflito árabe-israelense dominou a maior parte da história recente do Oriente Médio. O colapso da União Soviética, em 1991, deu origem a vários países independentes na Ásia Central.

[editar] Geografia

A área territorial da Ásia é de aproximadamente 44,5 milhões de quilômetros quadrados, que correspondem a quase um terço de todas as terras emersas do planeta Terra. Nela vivem mais de três bilhões de habitantes, número que ultrapassa a metade da população mundial, resultando na extraordinária densidade demográfica de cerca de 70 habitantes por quilômetro quadrado.
Esse extenso território é cortado por três paralelos: no extremo norte, em território da Rússia, pelo Círculo Polar Ártico; no sul, pelo Trópico de Câncer; e, na parte central da Indonésia, pelo Equador.
Localizada quase totalmente no hemisfério norte, com apenas uma parte das ilhas meridionais da Indonésia ocupando o hemisfério sul, a Ásia estende-se de 10 graus de latitude sul a 80 graus de latitude norte. Distribuindo-se inteiramente pelo hemisfério oriental, estende-se de 25 para além de 180 graus de longitude leste.
Por constituir uma grande extensão continental de norte a sul, a Ásia ocupa todas as áreas climáticas do hemisfério norte: equatorial, tropical, temperada e polar. Estendendo-se grandiosamente também de leste a oeste, é cortada por 11 fusos horários.
Seus limites territoriais são: ao norte, o Oceano Glacial Ártico; ao sul, o Oceano Índico; a leste, o Oceano Pacífico; e a oeste, os Montes Urais, o Rio Ural e os mares Cáspio, Negro, Mediterrâneo e Vermelho.
A Ásia é, assim, o maior dos continentes, onde se podem encontrar as mais variadas paisagens e tipos climáticos, como também diversidade de grupos étnicos e padrões de desenvolvimento.

[editar] Relevo

O monte Evereste, ponto culminante do relevo mundial, situa-se no Nepal, próximo da fronteira com a China.
O continente asiático apresenta contrastes: vastas planícies aluviais e costeiras e grandes planaltos com altíssimas cordilheiras, que se estendem por uma vasta área do centro-sul, desde a Turquia até a Indonésia. Isso tudo faz da Ásia o único continente com quase mil metros de altitude média. As mais altas montanhas localizam-se na cordilheira do Himalaia, mas há outras espalhadas por todo o território, estando localizadas na Ásia as 18 montanhas mais altas do mundo.
O relevo asiático se caracteriza por apresentar contrastes extremos de altitude:[28]
Algumas regiões banhadas pelo oceano Pacífico pertencem ao Círculo de Fogo, ou seja, devido a sua formação geológica recente estão sujeitas a erupções vulcânicas e a terremotos. É o caso do Japão[37] e da Indonésia.[38]
Alguns planaltos são muito altos e se intercalam às cordilheiras, como é o caso do Pamir[30] e do Tibete, contrastando com outros mais antigos, de altitudes menos elevadas, como os da Armênia, do Decã.
As planícies fluviais asiáticas são recobertas com o aluvião trazido pelos rios que as percorrem e que se dirigem principalmente para os oceanos Índico e Pacífico. As principais planícies fluviais são a Indo-gangética (Índia), a Mesopotâmica (Iraque), a Siberiana (Rússia) e as dos rios Yang-tsé (China) e Mekong (Vietnã).
O continente asiático projeta, em direção aos oceanos que o circundam, diversas penínsulas, sendo as principais a da Anatólia, a Arábica, a Hindustânica, a da Indochina e a da Coréia.

[editar] Clima

Mapa climático da Ásia de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger.
A vasta extensão territorial e, portanto, as diferenças de latitude, a presença alternada de áreas baixas e elevadas, a grande influência das massas de ar e ainda a continentalidade e a maritimidade trazem para o continente grande variedade de tipos de clima e, consequentemente, de formações vegetais.
Nas terras situadas no extremo norte predomina o clima polar, que vai se tornando mais ameno em direção ao sul. O centro do continente, por situar-se distante de influências marítimas e, em parte, devido à altitude do relevo, que bloqueia a passagem dos ventos oceânicos, é dominado pelo clima temperado continental, que alterna verões de elevadas temperaturas com invernos muito frios. Já o temperado oceânico, ocupando grandes extensões do continente, sofre variações em função da altitude do relevo, da latitude e da maritimidade.
Mais para o sul, à retaguarda das grandes cordilheiras, que impedem a passagem dos ventos úmidos do oceano, encontram-se vastas extensões dominadas por climas semi-áridos e clima áridos, formando uma extensa faixa de desertos. A Ásia abriga a maioria dos desertos existentes na Terra: da Arábia (Arábia Saudita), da Síria, de Thal (Paquistão), do Thar (ou Grande Deserto Indiano), de Lut (ou deserto do Irã), de Gobi (Mongólia), de Taklamakan (China), Karakum (Turcomenistão), Kerman (Irã), da Judéia (Israel), de Negev (Israel).
No litoral da Ásia Ocidental surge uma faixa estreita de clima do tipo mediterrâneo, enquanto nos arquipélagos do sul do continente, nas proximidades do Equador, aparecem climas de tipo quente: equatorial e tropical.
Entre todos os tipos de clima da Ásia, no entanto, o que mais diretamente influi nas condições de vida locais, sobretudo orientando as atividades agrícolas, é o tropical de monções. Abrangendo as regiões mais populosas do continente, estende-se pelas planícies costeiras da Índia e do sudeste e leste da China, com violentas chuvas durante o verão. Caracteriza-se pela atividade dos ventos, conhecidos como monções, que sopram do Índico e do Pacífico para o continente durante o verão, e do interior da Ásia para esses oceanos durante o inverno.
A ocorrência de monções se deve ao fato de que as terras continentais aquecem-se e esfriam mais rapidamente do que as águas oceãnicas. Durante o verão, o interior da Ásia, ao esquentar-se, forma uma área de baixa pressão, que contrasta com as altas pressões dos oceanos, provocando o deslocamento de ventos úmidos do mar para a terra. Esses ventos são as monções de verão. No inverno, ocorre o inverso: os oceanos estão mais quentes do que o continente, formando áreas de baixa pressão e atraindo os ventos continentais. São as monções de inverno.
As regiões montanhosas, independentemente de sua localização geográfica, apresentam temperaturas muito baixas, em razão da altitude.

[editar] Hidrografia

Tanto as chuvas abundantes da região influenciada pelos climas equatorial e tropical quanto a grande quantidade de neve derretida das altas montanhas favorecem a existência de grandes rios, que correm em quase todas as direções do continente asiático. Podemos destacar:
Rio Yangtzé na região das Três Gargantas.
A Ásia apresenta poucos lagos, embora de grande extensão, como o Baikal e o Balkhash, localizados na Rússia. Se os lagos existem em pequeno número, os mares asiáticos aparecem com muito mais destaque: Mar Vermelho, que limita as costas africanas e asiáticas; Mar da Arábia; a sudeste, Mar da China Meridional, Mar da China Oriental, Mar de Andamã e Mar Amarelo; os mares da Indonésia: de Java, de Timor, de Banda, de Celebes; a nordeste, os mares de Okhotsk, do Japão e de Bering. No limite com a Europa, aparece o maior mar fechado do mundo, o Mar Cáspio.

[editar] Vegetação

Paisagem da Sibéria, onde se vê a floresta de taiga.
Como as formações vegetais dependem do tipo de solo e principalmente do clima, a Ásia apresenta muitas variedades vegetais, ainda que parcialmente destruídas ou alteradas pela milenar ocupação humana.
No extremo norte do continente, junto ao pólo, não há condições para a existência de vegetação, porém mais ao sul, na Planície Siberiana, começam a surgir formações de tundra. Ainda rumo ao sul, à medida que o clima polar se torna menos intenso e o frio se estende por um número menor de meses, aparece a vasta região da taiga, quase integralmente pertencente à Rússia.
O maior destaque, entretanto, está nas estepes, que ocupam grandes extensões da Ásia Central, aparecendo em áreas de clima temperado continental.
Os arquipélagos situados ao sul do continente apresentam-se recobertos por florestas equatoriais e tropicais, não muito diferentes das que existem na Amazônia brasileira. Essas formações podem ser observadas também no centro-sul, onde igualmente se verifica a presença de savanas, em que a vegetação herbácea é dominante, apresentando arbustos e árvores em associações pouco densas, como o jângal na Índia.
Registra-se ainda a ocorrência de florestas temperadas em extensões consideráveis no Extremo Oriente e de vegetação xerófita nas áreas desérticas ou semi-áridas do continente.

[editar] Regiões geográficas

Divisão da Ásia em regiões, conforme critério das Nações Unidas.
Considerando que uma região geográfica é uma área mais ou menos definida, caracterizada por determinados aspectos físicos e humanos, seria possível encontrar dezenas delas no continente e até mesmo algumas em um mesmo país. Por esse motivo, e para facilitar o estudo e a compreensão das características e dos problemas políticos e sociais de um continente tão vasto, vamos simplificar sua divisão estudando-o através de seis grandes regiões geográficas. São elas: o Oriente Médio, o subcontinente indiano, o sudeste asiático, o centro-leste, o Extremo Oriente e a parte asiática da Comunidade de Estados Independentes.

[editar] Oriente Médio

Essa área, que se estende desde a Turquia até o Afeganistão, apresenta como característica física dominante o predomínio do clima seco, o que resulta na existência de desertos. Como característica populacional, destaca-se a ocupação por brancos e uma das densidades demográfícas mais baixas do continente.
O Oriente Médio reúne 16 países independentes, muito importantes pelas notáveis reservas de petróleo que alguns possuem e por sua posição estratégica, já que essa região é o elo de ligação entre Europa, Ásia e África. É uma área constantemente agitada por conflitos de origens diversas: o antagonismo histórico entre esses países; a grande mescla de seitas e religiões (islamismo, cristianismo, judaísmo); os sistemas político-econômicos vigentes, levando ao alinhamento com os Estados Unidos ou com a Rússia.
Apesar de todas essas diferenças, há muitas semelhanças, principalmente em nível econômico: os países são todos subdesenvolvidos (à exceção de Israel) e neles a atividade industrial de transformação é bastante escassa, predominando pequenas indústrias têxteis e alimentares. A agricultura é praticada nas poucas regiões onde não ocorrem desertos. Os principais produtos agrícolas são trigo, cevada, milho, arroz e cítricos, cultivados sobretudo na Turquia, Síria, Líbano, Israel e Iraque. A pecuária restringe-se ao pastoreio nômade de camelos, cabras e ovelhas.
O grande destaque econômico do Oriente Médio, em nível internacional, é a exploração do petróleo, que tem sido responsável pela entrada de lucros fabulosos nos países produtores. Os lucros do petróleo, entretanto, pouco têm contribuído para atenuar o elevado grau de subdesenvolvimento da maior parte dos países dessa área, acentuando, ao contrário, a enorme disparidade na distribuição de renda.
Em 1960, Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait e Venezuela (país sul-americano) criaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), à qual se filiaram durante as décadas de 1960 e 1970: Catar e Abu Dhabi (um dos Emirados Árabes Unidos), Indonésia (país da Insulíndia), Equador (país sul-americano) e também Líbia, Argélia, Nigéria e Gabão (localizados na África). Liderada pelos países árabes, a OPEP tem como objetivo controlar o preço do petróleo. Em 1973, essa organização multiplicou o preço do barril de petróleo, provocando uma série de desajustes econômicos nos países importadores, que ficou conhecida como crise do petróleo. Diversos desses países passaram a explorar jazidas até então consideradas não-rentáveis e desenvolveram fontes alternativas de energia. Em virtude disso, a OPEP foi obrigada mais tarde a reduzir o preço do barril de petróleo, cujo consumo retraiu-se.
A maior parte do Oriente Médio é ocupada pelos países árabes. Localizados na Península Arábica e vizinhanças, são nações fundamentalmente agropastoris, caso do Iêmen, enquanto na Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Omã, Catar e Barein o petróleo é a grande riqueza nacional, impondo uma paisagem de torres e oleodutos onde durante séculos houve apenas um deserto sem proveito econômico.
Há ainda o Líbano e a Síria, países cuja agricultura e indústria são mais desenvolvidas, muito embora o Líbano, arrasado por conflitos intermináveis, sobreviva com grandes dificuldades. A Jordânia difere de todos por sua atividade mineradora caracterizada pela exploração de fosfato e mármore.
Entre os países não-árabes, há Israel, a nação mais industrializada e desenvolvida do Oriente Médio, além de três grandes Estados - Turquia, Irã e Afeganistão. A indústria turca está se desenvolvendo rapidamente, graças aos incentivos governamentais e às riquezas minerais do país, como carvão, ferro, manganês, cromo e cobre. A economia iraniana baseia-se principalmente na extração e comercialização do petróleo, enquanto a agropecuária é a base econômica do Afeganistão.

[editar] Subcontinente Indiano

Imagem de satélite do subcontinente indiano, com indicação dos estados que o compõem.
No sul da Ásia encontra-se a grande Península Hindustânica, que avança sobre o Oceano Índico. Apresentando a Cordilheira do Himalaia ao norte, o relevo da região é dominado pelo vasto Planalto do Decã, e, entre este e as montanhas, pela grande Planície Indo-gangética, percorrida pelo Indo e pelo Ganges, rios de grande volume de água. A região é tipicamente tropical e os verões são marcados pela chegada dos ventos monçônicos.
Índia, Paquistão e Bangladesh são os países centrais da região; em meio à Cordilheira do Himalaia, localizam-se ainda os pequenos reinos do Nepal e do Butão. A sudeste da Índia está Sri Lanka, país anrigamente conhecido como Ceilão, e a sudoeste, o arquipélago das Maldivas.
Aproximadamente metade do território da Índia é recoberto por plantações de arroz, que se beneficiam do clima monçônico; cultivam-se em grande escala também trigo e milho, além de algodão, chá, juta e outros produtos. A pecuária, apesar do enorme rebanho bovino, não tem grande importância econômica.
Em termos mineralógicos, a Índia possui grandes depósitos de ferro, além de produzir a maior parte do petróleo que consome. Possui ainda abundantes reservas de carvão, mica, manganês, alumínio e outras de menor importância.
Dentre os países asiáticos, é dos que apresentam maior grau de industrialização, dispondo de algumas grandes áreas industriais, como a região de Bombaim, Calcutá, no leste, a de Punjab-Nova Délhi, no norte, e a Madras, no sul. Os ramos industriais mais importantes são o têxtil, o alimentar, o mecânico, o siderúrgico e o químico.
Além disso, a Índia domina a energia nuclear, possuindo tecnologia para a fabricação de bombas atômicas. Também na área dos satélites artificiais, esse país alcançou grandes progressos, tendo já lançado seu primeiro satélite de comunicações.
Com mais de 700 habitantes por quilômetro quadrado, Bangladesh assemelha-se à Índia por suas baixas condições de vida. Não é muito melhor a situação do Paquistão, pois embora tenha densidade demográfica sensivelmente menor que a de seus vizinhos, dispõe de áreas relativamente reduzidas para a atividade agrícola e pastoril, que constitui a atividade econômica da maior parte dos habitantes.
Sri Lanka, com contrastes sociais menos chocantes, é uma república que apóia sua economia no cultivo de chá, arroz, borracha e côco e, naturalmente, na pesca. As Maldivas possuem uma economia precária, baseada principalmente na prática rudimentar da pesca e na extração do óleo de copra (amêndoa de coco seca).
Os países montanhosos - Nepal e Butão - enfrentam o problema do isolamento, determinado pelas elevadas altitudes do relevo e particularidades climáticas, que dificultam a construção e a manutenção de estradas, e também pela falta de acesso ao oceano. Nestes pequenos países, pratica-se a agricultura nas poucas áreas em que isso é possível, além de criarem-se animais. Mais da metade da população é analfabeta e os hábitos e costumes tradicionais das tribos regem a vida de quase todos os habitantes.
Em todos os países do centro-sul asiático a população rural é dominante, embora existam algumas grandes cidades, sobretudo na Índia, onde a atividade industrial é diversificada e o nível de informação e politização dos habitantes é bem mais avançado. As maiores cidades da região são Calcutá, Bombaim, Madras, Nova Délhi (na Índia), Karachi (no Paquistão) e Daca (em Bangladesh).

[editar] Sudeste Asiático

Esta região é formada por nove países independentes: Birmânia, Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, Malásia e Singapura - localizados na península da Indochina - e Indonésia, Brunei e Filipinas - que constituem o arquipélago da Insulíndia. A Malásia tem uma parte de seu território localizada na península da Indochina e outra na ilha de Bornéu, cuja maior parte pertence à Indonésia. Brunei localiza-se inteiramente nessa ilha.
O principal destaque econômico do sudeste asiático é a exploração de minérios para exportação, principalmente na Indonésia e na Malásia. A Indonésia, membro da OPEP, é um dos grandes importadores mundiais de petróleo (Bornéu) e minerais metálicos, com destaque para estanho, ferro, bauxita e ouro. Brunei, sultanato localizado na ilha de Bornéu, depende basicamente da exportação de petróleo.
Apesar de ser rico em minérios, o sudeste asiático apresenta uma indústria pouco desenvolvida devido à falta de capital para ser aplicado em serviços de infraestrutura. As principais indústrias são de processamento de matérias-primas para exportação, como as manufaturas têxteis na Indochina e as usinas de açúcar na Indonésia. Cingapura constitui exceção à fraca industrialização da região. Essa pequena ilha é um dos "tigres asiáticos", países de industrialização recente é crescimento acentuado. A indústria malaia e tailandesa também está expansão, mas as demais economias continuam dependendo basicamente de atividades agrícolas.
A par de atividades de subsistência, em que se destaca o cultivo do arroz a agricultura dessa região asiática, também oferece produtos tropicais, cultivados em regime de plantation, uma herança de colonização europeia. Voltando principalmente à exportação, esse ramo da economia emprega a maior parte da população ativa. As principais culturas para exportação são a da borracha na Malásia, no Myanmar e na Indonésia; de chá, na Indonésia; além do arroz - cultivado em terraços nas vertentes das montanhas -, que é exportando pela Tailândia, Vietnã e Indonésia.
As principais cidades da região são: Jacarta (Indonésia), Manila (Filipinas) e Bangcoc (Tailândia), cujas áreas metropolitanas abrigam mais de cinco milhões de habitantes.
Essa região do globo tem-se caracterizado por diversos problemas políticos, desde sucessivos golpes de Estado a longas e sangrentas guerras envolvendo o confronto entre capitalismo e socialismo, como a ocorrida no Vietnã (1960-1975). A diversidade de grupos étnicos, o grande número de religiões professadas e os níveis de vida extremamente diferenciados são fatores que concorrem para tornar essa região ainda mais conturbada.

[editar] Centro-Leste

Ásia Oriental
Possuindo o terceiro maior território do mundo e abrigando mais de um bilhão de pessoas - cerca de 20% de toda a humanidade -, a China adquire grande destaque no mundo. Entretanto, devido ao fato de a maior parte de seu território ser ocupada por desertos e montanhas, a população chinesa fica quase toda concentrada no lado oriental do país, única região que pode ser plenamente aproveitada.
A atividade econômica que emprega maior número de trabalhadores é a agricultura, cuja principal meta é a alimentação da imensa população. Essa atividade se desenvolve através de um sistema comunitário, em que o Estado empresta a terra e fornece os meios para a produção (máquinas, ferramentas, adubos etc.). A China destaca-se mundialmente na produção de arroz, trigo, soja e outros gêneros, cultivados principalmente no vale do Yang-tsé-kiang. Também na criação de animais (suínos, ovinos e bovinos), esse país se coloca entre os cinco maiores produtores mundiais.
A China possui abundantes reservas minerais e um considerável potencial hidráulico e petrolífero, o que, aliado ao fato de sua mão-de-obra ser muito barata e sua população numerosa, fornece condições para o desenvolvimento da indústria, ainda que ela seja estatizada e se volte quase exclusivamente para o mercado interno. A produção visa basicamente fornecer artigos considerados necessários, sem preocupação com acabamento de luxo e, por isso, sempre ao alcance dos operários e camponeses.
O país conta ainda com um grande parque de indústrias de base, essenciais aos empreendimentos estatais. As principais áreas industriais localizam-se nas proximidades de grandes centros urbanos da China Oriental, como Xangai e Pequim, ou em áreas novas, como a Manchúria.
A China não apresenta um grau de desenvolvimento semelhante ao das grandes potências mundiais, mas é uma nação em que a distribuição de renda e de bens é menos desequilibrada. O padrão de vida de todos é relativamente igual e praticamente não existem a miséria pessoal e suas inúmeras consequências.
A partir de 1984, o governo chinês passou a promover a entrada de investimentos estrangeiros no país, que se retraíram, em 1989, com a repressão às maiores liberdades políticas.
Formosa, ou Taiwan, tornou-se um país independente da China em 1949, por ocasião do término da revolução comunista chinesa. De estrutura capitalista, o paí contou com a ajuda de capitais provenientes dos Estados Unidos e do Japão e projetou-se economicamente no plano agrícola e industrial, graças à abundância de recursos minerais e mão-de-obra barata.
Formosa é um dos países conhecidos como "tigres asiáticos", da mesma forma que Hong Kong, colônia britânica que foi reanexada à China em 1997, funcionando como região administrativa especial.
A Mongólia ocupa a parte mais central do território asiático. Localizada entre a China e a União Soviética, foi por muito tempo motivo de rivalidade entre esses países. Atualmente é alinhada ao bloco soviético. A população do país é bastante reduzida em relação a seu extenso território, que apresenta vários obstáculos naturais ao desenvolvimento econômico. Sua atividade principal é a agropecuária e sua principal cidade é a capital, Ulan Bator.

[editar] Extremo Oriente

Localização do Extremo Oriente.
O Japão é um Estado monárquico, altamente desenvolvido e industrializado, situado a leste do continente asiático, em pleno Oceano Pacífico, e constituído por mais de três mil ilhas, embora apenas as quatro mais extensas sejam economicamente importantes.
Sua área total é pouco maior que a do estado do Maranhão, mas detém uma grande população absoluta (127 milhões de habitantes em 2007) e uma alta densidade demográfica (337 habitantes por quilômetro quadrado). Essa aglomeração populacional torna-se ainda mais grave ao se constatar que apenas um quinto do território japonês pode ser habitado, já que o restante é ocupado por altas montanhas. Por outro lado, o crescimento vegetativo do Japão é quase nulo, pois as taxas de natalidade apenas compensam as de mortalidade.
Integrante do Primeiro Mundo, portanto, capitalista e desenvolvido, o Japão apresenta, entre outras, as seguintes características: renda per capita bastante alta; moradia, saúde e educação de bom nível, acessíveis a todos; agricultura, indústria e rede de serviços tecnologicamente avançadas.
O desenvolvimento e a prosperidade japoneses, sobretudo após o término da Segunda Guerra Mundial, ocasião em que o país foi parcialmente destruído por bombardeios, constituem um verdadeiro milagre econômico, na opinião de especialistas do setor. Para tanto, contribuíram os seguintes fatores: ajuda militar e financeira dos Estados Unidos, através do Plano Marshall; adoção de uma política de rigoroso controle populacional; prioridade à educação e ao domínio da tecnologia; produção voltada à exportação. A partir da década de 1950, o Japão atingiu um estágio de grande desenvolvimento e é hoje uma das maiores potências mundiais.
Embora disponha de poucas matérias-primas e quase nenhum combustível, o país é bem servido de hidreletricidade. Hoje é o primeiro produtor mundial de navios, o segundo de automóveis e o terceiro de aço e de alumínio, e seus produtos elétricos e eletrônicos, como rádios, televisores, calculadoras e inúmeros outros, encontram-se disseminados por todo o mundo.
Devido ao alto grau de industrialização do Japão, a maior parte de seus habitantes vive no meio urbano, sendo Tóquio a mais populosa cidade do mundo; em âmbito nacional, é seguida por Osaka, Nagóia, Yokohama e Quioto.
Localizadas na Península da Coréia, estão a República Popular Democrática da Coréia (Coréia do Norte) e a República da Coréia (Coréia do Sul), que até 1948 formavam um único país. A divisão em dois Estados foi decorrente da ocupação do território por soviéticos, no norte, e norte-americanos, no sul, por ocasião do término da Segunda Guerra Mundial.
As diferenças entre as bandeiras das duas Coreias são as seguintes:

[editar] Comunidade de Estados Independentes

A parte asiática da Comunidade de Estados Independentes, embora corresponda, aproximadamente, a quatro quintos do território administrado por essa organização internacional, tem modesta importância econômica, se comparada à parte europeia.
Devido, principalmente, à hostilidade do meio natural - desertos, grandes áreas geladas ao norte e altas montanhas ao sul -, essa região não apresenta condições ideais para a agropecuária. Mesmo assim, nos limites com a Europa, cultiva-se trigo e milho; a sudoeste, nas estepes próximas ao mares Cáspio e Aral, criam-se extensivamente carneiros e cabras e cultivam-se algodão e frutas, e nas áreas mais frias da Sibéria criam-se renas.
A partir da revolução socialista de 1917 e, particularmente, após o final da Segunda Guerra Mundial, essa região conhecida como a ex-União Soviética passou a ser mais valorizada, devido, principalmente, à abundância de suas riquezas minerais. Graças a essa característica, passou a abrigar basicamente indústrias pesadas, localizadas em alguns centros da Sibéria e do Casaquistão. Pode ser citada ainda a cidade de Vladivostok, localizada na extremidade oriental, que, além de ser importante ponto estratégico, centraliza inúmeras indústrias diferenciadas.

[editar] Demografia

O continente asiático ocupa um espaço que corresponde a cerca de um terço de todas as terras do planeta, sendo, portanto, maior que a extensão somada de todas as Américas, ou da Europa com a África. Nessas terras vivem mais de três bilhões de habitantes, ou seja, mais da metade da população mundial, resultando numa densidade demográfica de 70 habitantes por quilômetro quadrado, aproximadamente três vezes maior que a densidade média da Terra.
Embora muito numerosa, a população asiática é mal distribuída: nas planícies, sobretudo as irrigadas pelas monções, e nas grandes cidades, as densidades demográficas são altíssimas, enquanto nas regiões desérticas, montanhosas e geladas, e mesmo em áreas de climas muito quentes, a população apresenta-se rarefeita. Países como China, Índia, Indonésia, Japão, Paquistão e Bangladesh estão entre os mais populosos da Terra, enquanto outros, como a Mongólia ou mesmo trechos setentrionais da Rússia, apresentam as mais baixas densidades demográficas do planeta.

[editar] Taxa de natalidade

Mapa-múndi com a relação dos países por ordem de densidade demográfica. Trata-se de um tema bastante relativo na geografia mundial.
Um fator que agrava o problema da má distribuição demográfica são as altas taxas de natalidade e a tendência à concentração urbana, características de todos os países subdesenvolvidos, como é o caso da maioria das nações asiáticas. Apenas alguns poucos países conseguiram sucesso em suas campanhas de planejamento familiar, reduzindo-se o crescimento populacional na China e praticamente estancando-o no Japão.
Em outros casos, a situação continua alarmante; é o que ocorre, por exemplo, com a Índia, onde a cada ano a população apresenta um crescimento vegetativo de 2,1%. Isso representa anualmente cerca de 14 milhões de crianças à espera de formação e, futuramente, de emprego. Na prática, isso se mostra economicamente impossível, o que torna ainda mais agudo o subdesenvolvimento desse e de outros países asiáticos.
Outro aspecto grave do crescimento populacional muito elevado é que ele costuma ocorrer nas áreas mais populosas, acentuando ainda mais o contraste com os vazios demográficos. Atualmente, em uma área que equivale a um quarto do território asiático, vivem 90% dos habitantes do continente, enquanto nada menos que dois quintos do território são praticamente desabitados, abrigando apenas 3% ou 4% da população total. Uma das principais razões desse fenõmeno é a urbanização.
De maneira geral, as regiões que apresentam condições naturais satisfatórias são as que abrigam os maiores aglomerados populacionais; aquelas que apresentam obstáculos naturais à fixação do homem, tais como a grande altitude do relevo, o clima muito frio e a aridez do solo, permanecem pouco habitadas.
A Terra assiste a um extraordinário crescimento populacional, impulsionado, em grande parte, pelo formidável crescimento populacional asiático. Na tabela, fica claro que a contribuição dos países subdesenvolvidos é muito superior à dos desenvolvidos, daí a importância dos países asiáticos nesse processo.

[editar] Principais cidades


Cidades mais populosas da Ásia

Posição Cidade País População Posição Cidade País População Mumbai Downtown.jpg
Mumbai
Pudong Skyline, Shanghai, PRC.jpg
Xangai
Korangi Road Karachi.jpg
Karachi
1 Mumbai  Índia 13 922 125 11 Pequim  China 7 817 968
2 Xangai  China 13 481 600 12 Hong Kong  China 7 064 640
3 Karachi Paquistão 12 827 927 13 Lahore Paquistão 6 936 563
4 Délhi  Índia 12 259 230 14 Dacca Bangladesh 6 737 774
5 Istambul  Turquia 11 755 536 15 Ho Chi Minh Vietname 6 431 656
6 Seul  Coreia do Sul 10 660 532 16 Bagdá Iraque 5 337 684
7 Tóquio  Japão 8 704 569 17 Bangalore  Índia 5 310 318
8 Jacarta Indonésia 8 579 263 18 Singapura  Singapura 5 237 334
9 Teerã  Irã 8 250 882 19 Cantão  China 5 103 466
10 Bangcoc  Tailândia 8 102 832 20 Calcutá  Índia 5 080 519

[editar] Etnias

Embora a maior parte da população asiática seja composta de povos de raça amarela, há também expressivo número de representantes dos outros troncos étnicos, o negro e o branco.
Os amarelos ou mongolóides compõem a etnia dominante e distribuem-se pelas regiões da taiga e da tundra (ao norte), pelos planaltos da Ásia Central e sobretudo pelo leste e sudeste do continente, regiões asiáticas mais intensamente povoadas. Ocorrem grandes diferenças físicas, linguísticas e culturais entre esses povos (chineses, japoneses, coreanos, malaios, indonésios), mas sobretudo entre eles e os grupos mais isolados, como os quirguizes, mongóis e tibetanos.
Os brancos ou caucasóides predominam no sudeste do continente (Oriente Médio), onde são encontrados os árabes, os turcos, os israelenses, curdos, etc., e na Ásia Central, cujos países receberam grandes contingentes de população eslava (principalmente russos) ao serem incorporados à extinta União Soviética. Também na Índia e no Paquistão há um ramo étnico branco, mas seus representantes são bem amorenados.
Quanto aos negros, aparecem em menor número, distribuindo-se no sul da Índia e em ilhas do Oceano Índico. Pertencem ao grupo drávida, cuja influência é marcante na cultura hindu.

[editar] Línguas

Em um continente que apresenta tão grande diversidade étnica e que registrou um longo período de dominação colonial em grande parte de seu território, é muito natural que se verifique grande diversidade de idiomas.[39] Os principais, falados por mais de 100 milhões de pessoas, são: o chinês (a língua mais falada do mundo), o árabe, o malaio-indonésio, o japonês e, dentre as muitas línguas faladas na Índia, o hindi-urdu e o bengali.[40] Entretanto, existem mais de uma centena de línguas ou dialetos em uso corrente em toda a Ásia.

[editar] Religiões

A Ásia também abriga as grandes religiões da humanidade, tendo sido o berço de todas elas. 22% dos asiáticos professam o hinduísmo cerca de 792.897.000, comum na Índia e arredores, e o budismo, comum em todo o Extremo Oriente com 9,1% cerca de 350.000.000 de seguidores, onde além dessa religião, são praticados o Cristianismo Católico e Ortodoxo com 135.000.000 e os Protestantes com aproximadamente de 50.000.000 de seguidores, além das religiões chinesas, o confucionismo (China) e o xintoísmo (Japão). O islamismo é outra religião bastante difundida na Ásia com cerca de 807.034.000 fazendo dela a maior religião em números absolutos de pessoas na Ásia , sobretudo no Oriente Médio, Turquestão, Índia e Insulíndia. Merece destaque ainda o judaísmo, centralizado em Israel.

[editar] Economia

Em 2007, a maior economia nacional na Ásia, em termos de produto interno bruto (PIB), é a da China, seguida da Índia e do Japão. No final dos anos 1990 e início do século XXI, as economias chinesa e indiana têm crescido rapidamente, a taxas médias anuais de mais de 8%.
Entretanto, pelo critério do PIB nominal (calculado pela taxa de câmbio), o Japão ainda é a maior economia asiática e a segunda maior do mundo. O crescimento econômico da Ásia desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 1990 concentrou-se em alguns poucos países da costa do Pacífico; recentemente, espalhou-se para outras regiões. Os principais blocos comerciais do continente são: Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC), Reunião Econômica Ásia-Europa, Associação de Países do Sudeste Asiático (ASEAN), Acordos de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais (da China com Hong Kong e com Macau), Comunidade de Estados Independentes (CEI) e Associação Sul-asiática para Cooperação Regional (SAARC).

[editar] Extrativismo

Mapa da repartição do petróleo e do gás natural.
A Ásia conta com enormes reservas minerais, circunstância que tem facilitado seu recente desenvolvimento industrial. Entre os países produtores de minerais, merece destaque a China, rica principalmente em petróleo, carvão, ferro, chumbo, zinco e mercúrio, além de grandes jazidas de outros minerais.
Também a Índia é privilegiada por suas reservas de ferro, carvão, mica e manganês, além de sua grande produção de petróleo. Os países do sudeste asiático também são muito ricos em minérios, principalmente em estanho, níquel, zinco, ferro e petróleo, de que a Indonésia é grande exportadora.
O grande destaque fica, no entanto, com os países do Oriente Médio, que produzem mais de 30% do total do petróleo explorado em todo o mundo.

[editar] Agropecuária

Campos de chá na Malásia.
A atividade econômica mais difundida em todo o continente é a agricultura, ressaltando-se o cultivo do arroz em toda a vasta região atingida pelas monções. Mais ao norte, o trigo é intensamente cultivado; em áreas menos férteis, o solo é ainda aproveitado pára a produção de cevada, milho e outros cereais. Em todas essas culturas, a China sobressai, apresentando-se como um dos quatro maiores produtores mundiais.
Além dos cereais, merecem destaque os cultivos de fumo, chá, juta, algodão, pimenta e borracha. Na China e Japão cultiva-se também a amoreira, cujas folhas servem de alimento ao bicho-da-seda. Dos casulos desse animal são extraídos fios com que se fazem tecidos muito apreciados em todo o mundo.
A pecuária é outra atividade muito comum no continente. A China é grande produtora de animais de pequeno porte, sendo o primeiro produtor mundial de suínos, o terceiro de ovinos e o quinto de bovinos. A Índia, por sua vez, possui o maior rebanho bovino do mundo, o qual, no entanto, não é aproveitado para a alimentação da população, a maioria seguidora do hinduísmo, religião que considera sagrados esses animais.

[editar] Indústria

Tóquio, a capital do Japão, é um dos grandes centros industriais da Ásia.
O Japão foi, durante muito tempo, o mais industrializado dos países asiáticos. Graças à maciça ajuda norte-americana após a Segunda Guerra Mundial e à adoção de uma série de medidas internas, seu desenvolvimento industrial fez-se em bases firmes, transformando o país, em pouco tempo, numa potência industrial.
Possuindo um parque industrial amplo e diversificado, o Japão se evidencia na produção de navios, automóveis e produtos elétricos e eletrônicos.
A região oriental da Rússia, embora economicamente menos importante que a parte europeia do país, abriga diversos centros de indústrias de base (no Casaquistão), localizados próximo de áreas exploratórias de minério, como ferro e carvão.
Outro país que apresenta uma industrialização evoluída, apesar de ser subdesenvolvido, é a Índia, que utiliza sua produção agrícola e as riquezas minerais para prover suas indústrias têxteis, alimentícias, siderúrgicas e metalúrgicas. Esse país salienta-se ainda por ser um dos poucos do Terceiro Mundo a utilizar tecnologia avançada nas áreas de energia e de comunicações.
Na China, cuja industrialização foi implantada efetivamente após a revolução socialista de 1949, o parque industrial tem-se dedicado quase inteiramente à produção de itens essenciais ao mercado interno. Somente a partir de meados da década de 1970 a economia chinesa começou a voltar-se, ainda que lentamente para o exterior. Na década seguinte, a abertura econômica foi maior, mas, devido a problemas políticos internos, voltou a retrair-se em 1989, tornando-se, atualmente, a 2ª maior potência industrial do mundo e a maior da Ásia.
Destacam-se ainda os chamados "tigres asiáticos" - Coreia do Sul, Formosa, Cingapura e Hong Kong -, cujas taxas de crescimento econômico e industrial estão entre as mais elevadas do mundo. Sua produção visa, em geral, o mercado externo, o que lhes permite obter grandes saldos em suas balanças comerciais.
As outras regiões asiáticas (Oriente Médio, sudeste asiático, Mongólia, países do Oceano Índico) apresentam uma industrialização incipiente e pouco significativa.

[editar] Cultura

A cultura da Ásia é o agregado artificial da herança cultural de muitas nacionalidades, sociedades, religiões, e grupos étnicos na região, tradicionalmente chamada um continente de uma perspectiva cêntrica ocidental, da Ásia. A região ou "o continente" são mais comumente divididos em sub-regiões geográficas e culturais mais naturais, inclusive a Ásia Central, a Ásia Oriental, a Ásia Meridional ("o subcontinente indiano"), a Ásia Setentrional, a Ásia Ocidental e o Sudeste Asiático. Geograficamente, a Ásia não é um continente distinto; culturalmente, houve pouca unidade ou história comum de muitas das culturas e povos da Ásia.
A arte asiática, a música, e a culinária, bem como a literatura, são partes importantes da cultura asiática. A filosofia oriental e a religião também desempenham um papel principal, com budismo, hinduísmo, taoísmo, confucionismo, islã, e cristianismo todos os papéis principais desempenham. Uma das partes mais complexas da cultura asiática é a relação entre culturas tradicionais e o mundo ocidental.

[editar] Aspectos socioeconômicos

No continente asiático existem países desenvolvidos, como Japão, Israel e parte da Rússia aí situada, que revelam níveis de prosperidade econômica e social comparáveis aos da Europa ou da América Anglo-Saxônica.[41] Essas áreas, entretanto, pouco representam, se comparadas com muitos dos demais países, geralmente bastante pobres e violentamente atingidos pelo subdesenvolvimento.[42] Mesmo aqueles exportadores de petróleo, que tiveram lucros fabulosos a partir do início da década de 1970, não escapam a essa característica.
Há inúmeros fatores que contribuem para que a Ásia exiba grande atraso e miséria.[43] Entre eles, podem ser citados:[44]
Representação das quatro principais castas do hinduísmo em torno do deus Ganesha.
  • certos valores culturais específicos de alguns países, que de alguma forma inibem a superação de problemas econômicos e sociais. O mais conhecido e de maior extensão é o rígido sistema indiano de castas,[45] pelo qual a sociedade é dividida em camadas, das mais nobres às mais plebeias, não existindo possibilidade de passagem de uma para outra.[46] Embora tenha sido abolido legalmente, esse sistema influencia fortemente a vida dos indianos desde o seu nascimento[46]. Também o fator religioso, através do fatalismo,[47] cria obstáculos a um atendimento social mais amplo, pois estimula a aceitação passiva das más condições de vida, até como uma maneira de aperfeiçoamento espiritual;[44]
Estimativas da taxa de crescimento populacional (pelas Organização das Nações Unidas) para o período 2005-2010 usando a variante média.
Além desses fatores histórico-culturais, também os de ordem natural dificultam o desenvolvimento econômico. O clima e o relevo hostis são obstáculos ao aproveitamento agrícola de vastas extensões localizadas em áreas montanhosas, geladas ou desérticas, limitando as áreas cultiváveis do continente.[49]
Para se avaliar a grande disparidade de riquezas entre os países asiáticos, vamos tomar dois exemplos: os países exportadores de petróleo do Oriente Médio e o Japão.[49]
Todo o Oriente Médio caracteriza-se por apresentar populações extremamente pobres, em contraste com elites detentoras de imensas fortunas. A maior riqueza de quase todos os países dessa região é o petróleo, responsável nos últimos anos pelo seu rápido enriquecimento.[49]
Entretanto, os tradicionais males do subdesenvolvimento não foram atenuados: em primeiro lugar, porque esses lucros beneficiam principalmente determinados grupos, e não os países como um todo; e em segundo, porque boa parte dos rendimentos cabe a poderosas companhias transnacionais norte-americanas ou europeias.[49]
O Japão, por sua vez, sendo um país capitalista desenvolvido, destaca-se em diversas áreas, sobretudo no setor industrial, chegando a superar em muitos aspectos as conquistas norte-americanas e europeias. Esse grande avanço industrial e tecnológico reflete-se diretamente na qualidade de vida da população japonesa, cujo PIB per capita é bastante alto e o acesso a moradia, saúde e educação de bom nível é indiscriminado.[49]

[editar] Ver também

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Referências

  1. [1]
  2. Burma (Myanmar). International Monetary Fund (October 2010).
  3. Dicionário Houaiss, verbete "ásiatico".
  4. A Armênia é por vezes contada como um país europeu; em alguns casos, é considerada um país transcontinental. Pelo critério fisiográfico, integra a Ásia, mas possui laços históricos com a Europa.
  5. O Azerbaijão é freqüentemente considerado um país transcontinental, entre a Europa e a Ásia. O Nakichevan é um enclave azerbaijano.
  6. O Cazaquistão costuma ser considerado um país transcontinental, entre a Europa e a Ásia.
  7. Chipre é por vezes considerado como um país europeu.
  8. O Egito é amplamente reconhecido como um país transcontinental, com a sua maior porção na África e a península do Sinai na Ásia.
  9. A Geórgia é por vezes considerada um país transcontinental, entre a Europa e a Ásia.
  10. A ilha de Socotorá situa-se em África.
  11. A Indonésia é por vezes considerada um país transcontinental (entre a Ásia e a Oceania), dela excluídas a Papua, a Papua Ocidental, as ilhas Molucas e as Pequenas Ilhas da Sonda.
  12. Por vezes, culturalmente associada à Europa.
  13. As Ilhas Ogasawara e a ilha de Minami Torishima (Ilha Marcus) situam-se na Oceânia.
  14. A Rússia é amplamente reconhecida como um país transcontinental, entre a Europa e a Ásia.
  15. Timor-Leste, é por vezes, e tal como partes orientais da Indonésia, considerado como fazendo parte da Oceania.
  16. A Turquia é amplamente reconhecida como um país transcontinental, entre a Europa e a Ásia.
  17. a b Estado independente reconhecido pela Rússia e pela Nicarágua localizado na Geórgia, que tanto pode ser incluído na Ásia como na Europa.
  18. Estado independente não-reconhecido localizado no Azerbaijão, que tanto pode ser incluído na Ásia como na Europa.
  19. Estado independente reconhecido apenas pela Turquia, localizado em Chipre, que tanto pode ser incluído na Ásia como na Europa.
  20. Parte dos territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza são administrados pela Autoridade Palestina no âmbito de um acordo que visa à instauração futura de um estado independente da Palestina nas duas áreas. É reconhecido como estado independente por 96 países.
  21. Estado independente reconhecido por 23 países.
  22. Algumas fontes incluem as ilhas Cocos na Oceania.
  23. Algumas fontes incluem a Ilha do Natal na Oceania.
  24. Por vezes Guam está associado à Ásia, mas normalmente é citado como pertencente à Oceânia
  25. Tal como Chipre, são muitas vezes considerados como território europeu.
  26. Hong Kong é uma Região Administrativa Especial da República Popular da China, confirmada por acordo internacional com o Reino Unido.
  27. Macau é uma Região Administrativa Especial da República Popular da China, confirmada por acordo internacional com Portugal.
  28. Mountains of South Asia.
  29. The Himalaya.
  30. a b Pamir Mountains.
  31. Altitude of the Highest Point on Earth.
  32. A verdadeira altitude do Everest.
  33. Kanchenjunga.
  34. Himalayan Peaks and Mountains.
  35. Mar Morto por Fernando Kitzinger Danneman.
  36. Mar Morto no Cola da Web.
  37. Folha Online - Mundo - Terremoto no Japão deixa mais de cem feridos, segundo polícia - 26/05/2003.
  38. Folha Online - Reuters - Terremoto na Indonésia mata dois e deixa 5.000 desabrigados - 03/11/2002.
  39. As Línguas Asiáticas. EmDiv (20 de agosto de 2008). Página visitada em 12 de junho de 2010.
  40. The 30 Most Spoken Languages in the World.
  41. Regional programming for Asia: Strategy document 2007-2013 (PDF) (em inglês). Site oficial da Comissão Europeia. pp. 14. 31 de maio de 2007. Página visitada em 10 de setembro de 2009.
  42. Na Ásia continua a haver muita pobreza (em português). Revista Audácia (Janeiro de 1998).
  43. Mais de 1 bilhão vivem na pobreza na Ásia e região do Pacífico (em português). Jornal O Globo (28 de agosto de 2009).
  44. a b c ANTUNES, Celso. Geografia e participação, 1º grau: Europa, Ásia, África e Oceania. São Paulo: Scipione, 1996. pp. 92. vol. 4.
  45. As castas indianas (em português). Brasil Escola.
  46. a b O sistema de castas na Índia (em português). Brasil Escola.
  47. Warfield, B. B. (11 de julho de 2007). O que é o fatalismo? Evangélico Semper Reformanda 2005. Página visitada em 26 de setembro de 2009.
  48. a b c ANTUNES, Celso. Geografia e participação, 1º grau: Europa, Ásia, África e Oceania. São Paulo: Scipione, 1996. pp. 93. vol. 4.
  49. a b c d e ANTUNES, Celso. Geografia e participação, 1º grau: Europa, Ásia, África e Oceania. São Paulo: Scipione, 1996. pp. 94. vol. 4.

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